Sem dúvida que o papel do pai na vida de uma criança e a sua interação é um dos fatores fundamentais para o desenvolvimento tanto cognitivo como social de uma criança. Esta interação facilita a capacidade de aprendizagem da criança na sociedade.
Começo por referir os aspetos positivos do envolvimento da figura paterna no desenvolvimento da criança:
- Aos 6 meses os bebés são cognitivamente mais competentes;
- Com 1 Ano continuam a demonstrar níveis mais altos de funcionamento cognitivo;
- Aos 2 Anos são melhores a resolver problemas;
- Com 3 Ano tem um QI (Quociente de Inteligência) mais elevado e uma vez que a conversa dos pais se pauta por mais “porquês”, são crianças comunicativas, ativas e que falam mais;
- Em idade escolar, têm melhores resultados nos testes e melhores capacidades verbais;
- Quando em adultos, são mais resilientes e tolerantes ao stress, com melhores relações sociais.
Nos tempos passados, o procedimento comum era sem dúvida, a figura paterna que impunha as regras e a mãe é que dava afeto. Isto não acontecia porque o pai não fosse o único papel a ser cumprido mas sim porque era um procedimento comum naquela altura.
Pode-se afirmar que, em termos práticos, a única diferença entre um pai e uma mãe é o cuidado que um pai não consegue que é a amamentação, porque de resto, no que toca aos restantes cuidados afetivos de relação com a criança, o pai não terá qualquer constrangimento.
O que faz um pai com uma criança?
- Comunica e interage de uma forma diferente da mãe;
- Ajuda a criança na construção da autoconfiança;
- Disciplina de uma forma diferente (da mãe);
- Tem a impor regras, ensinando à criança as consequências do certo e do errado;
- Prepara a criança para um mundo real;
- Monstra à criança o mundo masculino.
Se a ausência dos pais é tão devastadora então significa que a sua presença seria a solução, certo?
Marta Marques
Psicóloga Infantil – Especialista em Desenvolvimento e Educação